EVANGELHO
Liturgia do Domingo — 29.07.2012
Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos (clique aqui...)
— Santa Marta
Hoje lembramos a
vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas
Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a
figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem
do hebraico e significa "senhora".
No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: "... Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa" (Lc 10,38).
Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.
A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.
Santa Marta, rogai por nós!
No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: "... Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa" (Lc 10,38).
Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.
A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.
Santa Marta, rogai por nós!
Ambientação:
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS:
No último domingo de julho preparamo-nos para celebrar o mês
vocacional. É com alegria que comemoramos amanhã o Dia do Padre em nossa
Arquidiocese, com a confraternização do Clero. Rezemos pelos nossos
padres e diáconos, pedindo a Deus pela sua saúde e pela fidelidade à
missão. Preparemo-nos também para a abertura do Mes Vocacional, no
próximo domingo. O tema das leituras de hoje alimenta nossa fé e nos faz
mais unidos como Igreja, pois o pão eucarístico e um sinal do que
devemos ser em nossa comunhão de vida. Foi por isso que o Senhor
multiplicou os pães, alimentando a fome de vida e saciando a sede de
comunhão. Cantando, iniciemos esta santa reunião.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
XVI DOMINGO DO TEMO COMUM
Antífona da entrada: Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36)
Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura (2 Reis 4,42-44)
Leitura do segundo livro dos Reis.
Leitura do segundo livro dos Reis.
4 42 Veio um homem de Baalsalisa,
que trazia ao homem de Deus, à guisa de primícias, vinte pães de cevada e
trigo novo no seu saco. Dá-os a esses homens, disse Eliseu, para que
comam.
43 Seu servo respondeu: Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto? Dá-os a esses homens, repetiu Eliseu, para que comam. Eis o que diz o Senhor: Comerão e ainda sobrará.
44 E deu-os ao povo. Comeram e ainda sobrou, como o Senhor tinha dito.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
43 Seu servo respondeu: Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto? Dá-os a esses homens, repetiu Eliseu, para que comam. Eis o que diz o Senhor: Comerão e ainda sobrará.
44 E deu-os ao povo. Comeram e ainda sobrou, como o Senhor tinha dito.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 144/145
Saciai os vossos filhos, ó Senhor!
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!
Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam,
e vós lhes dais no tempo certo o alimento;
vós abris a vossa mão prodigamente
e saciais todo ser vivo com fartura.
e vós lhes dais no tempo certo o alimento;
vós abris a vossa mão prodigamente
e saciais todo ser vivo com fartura.
É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.
é santo em toda obra que ele faz.
ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.
Segunda Leitura (Efésios 4,1-6-2)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
4 1 Exorto-vos, pois, - prisioneiro
que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à
qual fostes chamados,
2 com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade.
3 Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
4 Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança.
5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
6 Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
2 com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade.
3 Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
4 Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança.
5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
6 Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo, meu Deus visitou! (Lc 7,16)
Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo, meu Deus visitou! (Lc 7,16)
EVANGELHO (João 6,1-15)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
6 1 Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galiléia (que é o de Tiberíades.)
2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em beneficio dos enfermos.
3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos.
4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus.
5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer?
6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer.
7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço.
8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes... mas que é isto para tanta gente?
10 Disse Jesus: Fazei-os assentar. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil.
11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam.
12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13 Eles os recolheram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos.
14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo.
15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em beneficio dos enfermos.
3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos.
4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus.
5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer?
6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer.
7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço.
8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes... mas que é isto para tanta gente?
10 Disse Jesus: Fazei-os assentar. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil.
11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam.
12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13 Eles os recolheram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos.
14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo.
15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos da vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes sagrados mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos da vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes sagrados mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum de seus favores! (Sl 102,2)
Depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento, memorial permanente da paixão do vosso filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Recebemos, ó Deus, este sacramento, memorial permanente da paixão do vosso filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Ablução das mãos do presidente da celebração – lavar as mãos
O rito de apresentação das oferendas inclui também o
lavabo das mãos do presidente da celebração, acompanhado da prece:
"Lavai- -me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me de meus pecados". A
ablução se realiza na missa em seguida à apresentação dos dons do pão e
do vinho e, caso se utilize o incenso, também depois desse. A razão
de tal lavabo nesse momento se liga ao fato de que, antes de tocar
coisas santas e preciosas e também antes de participar de um ato
festivo, sentimos necessidade de estarmos limpos e purificados. Na
antiguidade cristã encontramos o uso dos fieis de lavarem as mãos antes
de iniciar a oração, conforme nos indica, entre outros documentos, o
texto da Tradição Apostólica. Esse expressivo gesto, por um lado de
limpeza corporal e, por outro, de purificação espiritual, permanece
hoje em nossas missas, e seu significado é fortemente simbólico. A
Instrução Geral do Missal Romano assim descreve o gesto de lavar as
mãos durante a celebração eucarística: "O sacerdote lava as mãos, ao
lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação
interior (n. 76)".
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade.
Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de
nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo
oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus, que os agentes da
Pastoral do Dízimo o utilizam para amenizar o sofrimento dos irmãos e
irmãs mais carentes da comunidade. Faça a doação do seu dízimo e
participe também das atividades da pastoral ajudando os mais
necessitados.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Br - Jr 13,1-11; Cant.: Dt 32,18-21; Mt 13,31-35
3ª Br - Jr 14,17-22; Sl 78(79); Mt 13,36-43
4ª Vd - Jr 15,10.16-21; Sl 58(59); Mt 13,44-46
5ª Vd - Jr 18,1-6; Sl 145(146); Mt 13,47-53
6ª Br - Jr 26,1-9; Sl 68(69); Mt 13,54-58
Sb Vd - Jr 26,11-16.24; Sl 68(69); Mt 14,1-12
18ºDTC: Ex 16.2-4.12-15; Sl 77 (78),3.4bc.23-24.25.54 (R/. 24b); Ef 4,17.20-24; Jo 6.24-35 (Jesus em Cafarnaum)
2ª Br - Jr 13,1-11; Cant.: Dt 32,18-21; Mt 13,31-35
3ª Br - Jr 14,17-22; Sl 78(79); Mt 13,36-43
4ª Vd - Jr 15,10.16-21; Sl 58(59); Mt 13,44-46
5ª Vd - Jr 18,1-6; Sl 145(146); Mt 13,47-53
6ª Br - Jr 26,1-9; Sl 68(69); Mt 13,54-58
Sb Vd - Jr 26,11-16.24; Sl 68(69); Mt 14,1-12
18ºDTC: Ex 16.2-4.12-15; Sl 77 (78),3.4bc.23-24.25.54 (R/. 24b); Ef 4,17.20-24; Jo 6.24-35 (Jesus em Cafarnaum)
COMENTÁRIOS
DO EVANGELHO
1."JESUS, O PÃO DOS POBRES"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
Convoquei meu
grupo de “teólogos” para refletir esse evangelho da multiplicação dos
pães, pois com o evangelista João, todo cuidado é pouco, já que o seu
escrito é rebuscado e nem sempre o ensinamento é o que parece. O
“Mota”, que é aposentado na área administrativa e auxilia a nossa
secretaria, abriu um enorme sorriso quando viu o texto “Está na cara
que Jesus faz uma dura crítica ao capitalismo, é preciso repartir o
pouco que se tem, para matar a fome de todos, sempre soube que esse
Jesus é dos nossos....” concluiu Mota, que defende de unhas e dentes o
socialismo, e briga quando se fala sobre a CEBs. Neste momento, o João
Ernesto que trabalha de encarregado em uma grande empresa, balançou a
cabeça e respondeu “Olhe, se for prá discutir nessa visão, eu desisto, o
Mota pensa que só ele sabe de tudo”. Calma pessoal... Não vamos
censurar o Mota, pois esse evangelho realmente nos faz a olhar questão
da fome, e se não tocarmos nesse ponto, estaremos sendo omissos -
comentei, tentando apaziguar os ânimos dos debatedores que começaram
bastante exaltados.
Em uma visão bem simples, parece
que o evangelho ensina que Jesus estando por perto, ninguém vai passar
fome. “Ué, mas não é isso? Tinha só cinco pães e dois peixes, não ia
dar nem pro cheiro, daí Jesus deu a bênção e mandou servir, todos
comeram a vontade e ainda sobrou...” – exclamou Maneco, ao que Dona
Maria, a doméstica, aparteou “Gente, isso me lembra dum ditado popular,
o pouco com Deus é muito, mas o muito sem Deus é nada”.
“Vocês ficam brabos quando eu falo
em CEBs, mas é um trabalho onde se valoriza muito a partilha e a
comunhão de vida, exatamente como Jesus ensinou.” – retrucou Mota com
mais calma, sem intenção de disparar farpas.
“Eu sei Mota, todos aqui sabem
disso, mas é que você fala como se a CEBs representasse a salvação do
mundo, e isso não é verdade” respondeu Roseli, nossa catequista, que
continuou “A CEBs é uma eclesiologia, uma maneira de ver as coisas, mas
não é a única, no cristianismo existe uma essência que é o eixo de
tudo, perguntemos, por exemplo, qual a missão de Jesus entre nós, será
que foi para resolver o problema da fome que ele veio? E se foi, por
que não resolveu?”.
Roseli é muito inteligente e sabe
como provocar o grupo, um rei que tivesse o poder de multiplicar os
alimentos e saciar a fome de uma multidão, estava de bom tamanho para
aquele povo, aliás, no final do evangelho é exatamente isso que
quiseram fazer, mas Jesus “pulou fora”. A Salvação que ele oferece não
se restringe a deixar o homem com a “barriga cheia”, saciado da fome
material. É muito mais que isso!
“Mas a vida plena que ele veio nos
dar, como diz em João, supõe o homem em sua totalidade, inclusive com
suas necessidades vitais onde a fome é uma delas” - argumentou Mota.
“Está certo, mas temos outras necessidades que não se encontram por aí
em supermercados, como os alimentos.”. - retrucou Roseli.
“Esse João é um danado, escreveu
uma coisa, mas no fundo está querendo dizer outra” – comentou o Maneco
em sua simplicidade, acertando na “mosca”. Os milagres narrados por
João são “iscas” para nos convencer de algo que está por trás de cada
um deles.
O homem sempre terá necessidade de
algo que lhe é essencial, e que somente Jesus de Nazaré poderá lhe
oferecer. Todos os problemas humanos, consequentes do pecado, poderão
de fato ser resolvidos, se o homem se dispuser a receber a Salvação que
Jesus oferece, então é exatamente nesse sentido que está o ensinamento
da multiplicação dos pães e peixes, Jesus apresenta o problema, Filipe
alega que não têm recursos para resolvê-lo, o irmão de Simão Pedro diz
que há um recurso, mas que ele é insuficiente em relação as
necessidades da multidão. Na vida em comunidade acabamos sendo
influenciados pela sociedade consumista que se move a partir do valor
econômico, onde sempre é preciso ter “muito” para poder ser feliz, se
esse conceito fosse verdadeiro, apenas uma minoria da população,
considerada rica, seria feliz, mas sabemos que ao contrário, há pessoas
pobres, muito felizes com a v ida que têm, enquanto por outro lado, há
ricos infelizes, que às vezes recorrem até ao suicídio, insatisfeitos
com o que são e têm. Isso mostra o quanto tal premissa é enganosa e
falsa.
O acúmulo de bens financeiros e
patrimoniais nas mãos de poucos, é no fundo uma tremenda ilusão,
primeiro porque alimentam a mentira de que, com o dinheiro e a riqueza a
gente tem tudo, e em segundo, porque da noite para o dia toda essa
fortuna pode ir água abaixo se mal administrada, basta ver os grandes
impérios econômicos que ruíram, e no demais, no final da vida, o rico
irá descobrir que a morte o espera, para separá-lo eternamente de todos
os seus bens, daí toda a sua riqueza de nada valerá.
Já os que são saciados pelo amor de
Deus, manifestado na salvação que Jesus traz, podem esperar muito
mais, os doze cestos que sobraram prenunciam a vida plena do novo povo
de Deus, que se tornará perene -no exato momento em que, ao término da
existência terrena, tudo parece ser um trágico fim. Sou então obrigado a
concordar com a Dona Maria, que nos dizia lá no início da reflexão “O
pouco com Deus é muito, e ainda sobra para a vida nova que Jesus nos
deu, mas o “muito” que esta vida nos oferece, é nada, se a humanidade
teimar em menosprezar a Salvação, da qual somente Jesus, o Filho de
Deus, é portador. (17º. Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
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