CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 13 de abril de 2014

INTERNACIONAL É TETRA

Inter goleia o Grêmio em Gre-Nal no Centenário e fatura o tetra no Gauchão Mauro Vieira/Agencia RBS
Inter de D'Alessandro levou o tetra no Gauchão 
 
Foto: Mauro Vieira / Agencia RBS
Leandro Behs
 

Foi com uma goleada histórica sobre o Grêmio que o Inter conquistou o tetracampeonato gaúcho. Os 4 a 1 do Inter sobre o Grêmio no Estádio Centenário, em Caxias do Sul, confirmaram a superioridade que havia sido construída pelo time de Abel Braga ainda na Arena. No placar agregado das finais, Inter 6x2. Mesmo sem poder atuar no Beira-Rio, o Inter teve uma conquista irretocável em 2014.

Obrigado a vencer para ser campeão, o Grêmio foi ao ataque logo no primeiro minuto. Com velocidade, a primeira subida gremista só não terminou em gol porque Pará bateu mal, para fora. O Inter logo respondeu e, ainda que tenha não tenha sido tão agressivo em seus primeiros movimentos, manteve a bola no campo do adversário - o que era fundamental para quem jogava pelo 0 a 0 para conquistar o tetracampeonato.

Sem Luan, lesionado, o time de Enderson Moreira tinha Dudu como o seu velocista. E que encontrava alguma liberdade para avançar até a entrada da área colorada. D'Alessandro quase perdeu a voz de tanto cobrar melhor marcação de seu meio-campo. Até os 18 minutos, só o Grêmio atacava. O meio-campo colorado não conseguia reter a bola e também apresentava problemas na marcação. Já o Grêmio chegava, mas concluía mal.

O Inter conseguiu equilibrar as ações, mas, mesmo assim, as chegadas mais agudas pertenciam ao Grêmio. Aos 23, um bombardeio azul por pouco não terminou em gol, após um lance digno de pinogol, com chutes, rebotes e mais chutes. Aos 26, porém, o Gre-Nal mudou completamente. Rafael Moura foi lançado contra Werley e contra Rhodolfo. O atacante foi para cima de Werley, que perdeu o controle da bola. Dentro da área, Moura tentou dominar e Werley conseguiu chutar a bola, porém, nos pés de D'Alessandro, que dominou e bateu deixando Marcelo Grohe quase sem reação.

O 1 a 0 aumentou a vantagem do Inter na final e deu maior confiança à equipe de Abel Braga. Após uma triangulação, aos gritos de "olé" das arquibancadas vermelhas, Edinho parou Aránguiz com um carrinho violento. Recebeu o cartão amarelo e gerou o primeiro empurra-empurra coletivo do clássico. Barcos tentou reagir. Bateu da entrada da área e Dida espalmou. Depois, Barcos bateu cruzado e Paulão se atirou de carrinho na bola, evitando que ela chegasse ao gol.

No intervalo, a diferença de ânimo era notória entre as duas equipes. Enquanto os jogadores do Grêmio deixavam o campo sem dar entrevistas, os do Inter analisavam o clássico.

— Quando encaixamos a marcação, equilibramos o jogo. Acabamos bem o primeiro tempo — comentou D'Alessandro.

Com a necessidade de virar o Gre-Nal, o Grêmio voltou para o segundo tempo sem Edinho e com o uruguaio Maxi Rodríguez. Não adiantou. O precisou de quatro minutos para fazer 2 a 0. Aránguiz recebeu na área, rolou para Alan Patrick, que bateu a gol. Antes que a bola chegasse às mãos de Marcelo Grohe, Alex surgiu completamente desmarcado e desviou para as redes.

Enderson Moreira tem grande culpa no que estava por vir. O Inter trocava passes e, das arquibancadas rugia um grito de olé em uníssono. Talvez perturbado com o que acontecia em campo, Dudu saiu desesperado atrás de D'Alessandro e cometeu pênalti. O camisa 10 permitiu que Alan Patrick fuzilasse Grohe e marcasse 3 a 0 na cobrança.

O Centenário era vermelho. Enquanto reclamava qualquer coisa com a arbitragem, Enderson viu Alan Patrick encontrar Alex invadindo a área uma vez mais. O camisa 12 recebeu na corrida, deixou Marcelo Grohe sentado e chutou para aumentar a goleada. A melhor zaga da Libertadores era pulverizada na final do Gauchão - enquanto torcedores do Grêmio atiravam rojões para dentro do campo.

Léo Gago foi a campo após o quarto gol. Entrou no lugar de Alán Ruiz. E cresceu em campo. Aos 21, Dudu deu um drible espetacular em Alex, bateu a gol e viu Ernando marcar contra. O Grêmio tentava diminuir o vexame. O gol de honra reenergizou o Grêmio, enquanto o Inter se contentou com os contra-ataques. Pará e Willians trocaram empurrões e acabaram expulsos, dando ainda mais cara de Gre-Nal ao clássico.

O apito final de Márcio Chagas foi o anúncio para a sequência da festa colorada e surgiu como um alívio para os gremistas. O Gauchão premiou a melhor campanha geral, viu uma surpreendente goleada em Caxias do Sul e uma vez mais D'Alessandro com a braçadeira de capitão erguendo um troféu.

GAUCHÃO - FINAL - JOGO DE VOLTA - 13/4/2014

INTER: 4
Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians, Aránguiz, Alex (Juan, 39'/2º), D'Alessandro (Jorge Henrique, 41'/2º) e Alan Patrick (Ygor, 24'/2°); Rafael Moura
Técnico: Abel Braga

GRÊMIO: 1Marcelo Grohe; Pará, Werley, Rhodolfo e Wendell; Edinho (Maxi Rodríguez, int.), Ramiro, Riveros, Alán Ruiz (Léo Gago, 14'/2º) e Dudu; Barcos
Técnico: Enderson Moreira

Gols: D'Alessandro (I), aos 26min do 1° tempo; Alex (I), aos 4min, Alan Patrick (I), aos 10min, Alex (I), aos 12min, Ernando (contra), aos 21min do 2º tempo.

Cartões amarelos: Fabrício, D'Alessandro (I); Barcos, Edinho, Riveros, Léo Gago (G).

Expulsões: Willians (I); Pará (G).

Renda e público: não divulgados.

Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por Marcelo Barison e Julio Cesar Santos.

Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul.


ZH ESPORTES 

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