CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O CORAÇÃO BRASILEIRO NA COPA

 
Todo mundo sabe: o coração do brasileiro pula no peito a cada bola na trave, cobrança de pênalti e gol feito durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. Mas é possível que o famoso bordão futebolístico “haja coração!” contenha mais verdade do que se imagina e o futebol exija bastante do coração do torcedor. Pelo menos, é essa a constatação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que tem monitorado 6 mil torcedores com problemas cardíacos durante o Mundial.
O objetivo do acompanhamento, realizado em parceria com o Instituto Dante Pazzanese (IDP) em nove hospitais, é observar como os torcedores se comportam antes, durante e depois das partidas do Brasil no torneio e analisar o funcionamento de seus corações. No Paraná, participam do estudo hospitais de Curitiba e Londrina, onde a pesquisa registrou um caso de enfarte durante o jogo entre Brasil e Camarões.
Não é a primeira vez que o levantamento é realizado. Durante o Mundial de 2010, na África do Sul, os cardiologistas Álvaro Avezum, do IDP, e Nabil Ghorayeb, da SBC, monitoraram 5 mil torcedores e descobriram que, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda, o número de atendimentos nos prontos-socorros aumentou em 28%.
O fenômeno já é conhecido pela comunidade médica: estudos comprovam que eventos como tragédias climáticas e derrotas esportivas têm grande impacto sobre o emocional das pessoas. De acordo com Ghorayeb, o nervosismo e a ansiedade provocados por essas situações-limite liberam hormônios como a adrenalina e podem desencadear crises de pressão alta, arritmia, angina no peito, palpitações, desmaio, tonturas, enfarte do miocárdio e parada cardíaca.
Na Copa do Brasil, até o momento, foram registradas três mortes por enfarte em decorrência do jogo da seleção brasileira contra o Chile, dia 28 de junho, pelas oitavas de final. Os casos ocorreram em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. 

Ciência
Estudos concluem que futebol é um gatilho para ataques cardíacos

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conduziram um outro estudo a partir do levantamento de casos de suspeita de enfarte atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os prontos-socorros do país durante maio e agosto dos anos de 1998, 2002, 2006 e 2010. A conclusão foi de que a Copa do Mundo e principalmente os jogos da seleção brasileira estão associados a um aumento de enfartes que pode chegar a 16%.
O trabalho intitulado “Copa do Mundo de Futebol como desencadeador de eventos cardiovasculares” apurou que, entre os quatro Mundiais, ocorreram mais de 155 mil internações relacionadas à Síndrome Coronária Aguda. Desse total, 45% dos casos foi diagnosticado como enfarte e 8,4% resultou em morte. Em dias de jogos da seleção brasileira, o número de entradas hospitalares por enfarte aumentou 48%, e 9,2% evoluíram para óbito.
Mas não é só o coração do brasileiro que bate mais forte pelo futebol. Em 2006, na Alemanha, pesquisadores da Universidade Ludwig-Maximilians verificaram que o risco de enfarte em homens triplicou nos dias de jogos da seleção anfitriã. Já um estudo sobre a ocorrência de enfartes na França durante a Copa sediada no país, em 1998, apontou a redução dos casos, sendo o resultado atribuído ao fato de a seleção francesa ter vencido a competição. 


GAZETA DO POVO 

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