CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 12 de outubro de 2014

A CULTURA AFRO-INDÍGENA NA ESCOLA



As leis n° 10.639/03 e n°11.645/08 são frutos de um processo histórico de lutas que os movimentos sociais desenvolveram com o objetivo de rever os terrores, mitos, teorias, visões históricas e mentalidades a respeito dos povos afro-indígenas e implantadas, de forma impositiva, nos diferentes espaços-tempos de produção de saberes e subjetividades. (SILVÉRIO, 2010, p.91)
Por conta disso, o presente projeto é desenvolvido na Escola ALBA MARIA, junto aos alunos das modalidades de ensino fundamental I e II, haja vista, as políticas educacionais formuladas a partir dos novos marcos constitucionais têm como diretrizes “a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das memórias históricas, a valorização das línguas e ciências dos povos indígenas e o acesso aos conhecimentos e tecnologias relevantes para a sociedade nacional” (BRASIL, 1996, p. 79).
Ao realizarmos o Projeto Afro-Indígena com comunidade interna e externa da escola, conseguiu-se minimizar a discriminação e o preconceito a essas duas etnias (índio e afro). Por conta disso, este projeto é incorporado no Projeto Político Pedagógico, com uma abordagem sistemática e atividades como artes plásticas, oficinas teatrais, oficinas de histórias em quadrinhos (gibiteca), música e dança, ao longo do ano letivo.
Sendo assim, o projeto aqui sugerido e elaborado, tem como objetivo norteador, além de promover a integração entre diferentes disciplinas, despertar o educando para as diferenças étnicas existentes no Brasil. O que nos leva à execução de tal projeto, não é apenas a obrigatoriedade das referidas Leis, mas o desejo de promover a valorização de todas as etnias no contexto escolar e em nossa comunidade.
Enquanto instituição educacional, as ações aqui descritas nos permitirão também está permitindo que a promoção da cidadania se faça presente em nosso cotidiano e consequentemente no currículo escolar. Fato esse que nos norteará rumo à conscientização sobre a igualdade entre os povos. E nos fará refletir ainda sobre a questão das diferenças. Mostrando que elas existem e são necessárias para que nossa população tenha essa diversidade cultural tão rica e admirada no âmbito internacional.
Vale ressaltar que, o Projeto A Cor da Cultura, já faz parte do Projeto Político Pedagógico desde 2011, Onde o mesmo nos remete a uma reflexão que A criança negra e indígena precisa se ver como negra e índia e aprender a respeitar a imagem que tem de si mesma e ter modelos que confirmem essa expectativa.
Com a unificação do Projeto Afro-Indígena na escola, estamos promovendo à alegria e à majestade das culturas africana e indígena, tudo como deve ser, sem constrangimentos nem equívocos.
Portanto, este projeto iniciou na escola em 2014 e trata de uma proposta construída, mas não acabada e estará sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula. Assim, no ano 2014 com o Mais Cultura na Escola, será realizado de forma satisfatória.

 OBJETIVOS:
Geral
Construir a autoestima dos afro-brasileiros e dos indígenas por meio de relações mais humanitárias, conscientizando-os de que cada etnia, por meio de sua cultura, contribui para a formação de um povo único.

Específicos
  • Valorizar a cultura e os costumes trazidos da África e incorporados à cultura brasileira, bem como os costumes dos indígenas brasileiros;
  • Preservar, incentivar e valorizar as manifestações culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes brasileiros população indígena;
  • Desmistificar ideias e concepções (pré) adquiridas e geralmente carregadas de sentidos negativos e desvalorativos;
  • Efetuar pesquisa visando o conhecimento sobre as diversificadas etnias;
  • Construir um novo olhar sobre a história nacional/regional local e ressaltar a contribuição dos africanos e indígenas na constituição da nação brasileira;
  • Realizar oficinas: práticas de pinturas em telas e paredes, música, teatro e escrita da revistinha Gibiteca;
  • Construção de uma máscara africana;
  • Construção e de um tabuleiro do jogo Kalah;
  • Construção de cestos e balaios indígenas;
  • Confecção de colares, brincos e anéis do fruto tucumã;
  • Confecção de tapetes indígenas de arumã;
  • Fazer a culminância do projeto no mês de novembro de 2014.
METODOLOGIA
Os trabalhos são feitos sob a forma de pesquisas bibliográfica e na internet, cartazes, com montagem de painéis, encenações teatrais, oficinas de artes plásticas feitas em paredes e telas, documentários e informações na Rádio Escolar  e representações de dançam africanas e indígenas, com alunos do ensino fundamental e médio. A comunidade escolar será convidada a atuar em vários momentos.
Com este projeto, pretende-se ajudar na integração dos alunos do ensino fundamental e médio;
Propiciar informações aos alunos, para que assim possamos ter maior sensibilidade em relação aos problemas discriminatórios enfrentados pelos negros e indígenas. O que pretendemos é que nossos alunos passem a repudiar práticas discriminatórias e se conscientizem sobre a necessidade da igualdade de direitos. Os conteúdos disciplinares serão trabalhados concomitantemente ao projeto.
Portanto, com este projeto, esperamos aprender a conhecer e a assimilar a diversidade cultural que envolve a unificação dos povos. Com credibilidade e entusiasmo poderemos levar nossos alunos, do ensino fundamental e médio, a gerenciar novos conhecimentos e a transformá-los em conceitos inovadores. Dessa forma, acreditamos que os mesmos possam tornar-se agentes transformadores do meio em que vivemos.

O que será desenvolvido
O projeto será desenvolvido com:
ü  Execução de atividade prática que deverão nortear os passos dentro de uma pesquisa que visa buscar, reservar e disponibilizar fontes que permitam a realização de aulas e estudos de caráter histórico acerca da cultura afro-brasileira e indígena na Região Norte. Isso porque, arquivos bibliográficos, mesas de discussão, vídeos, reportagens, ocuparem lugar de destaque na promoção de ações educativas;
ü  Palestras ministradas pela professora coordenadora do projeto, aulas teóricas e práticas; palestras, debates e discussões junto aos alunos, professores e comunitários;
ü  Oficinas de: artesanatos africanos e indígenas;
ü  Estudo da música “Pindorama”, de Sandra Peres e Luiz Tatit. Pelo fato de a música apresenta o diálogo entre um português e um índio, quando são narrados fatos e informações históricas relacionadas à chegada dos portugueses ao Brasil;
ü  Danças, teatro, pinturas em tela e paredes da escola;
ü  Operacionalização do sistema de rádio da escola para exposição de informativos e documentários;
ü  Produção da Revista Gibiteca;
ü  Visitas com alunos envolvidos diretamente no projeto ao museu indígena do Estado do Amazonas;
ü  Canto coral com músicas indígenas e africanas;
ü  Apresentação da banda fanfarra tocando músicas afro-indígenas;
ü  Confecção de banner e folders informativos;
ü  Culminância no mês de novembro do ano de 2014.

Como será desenvolvido
O Projeto Afro-Indígena será desenvolvido com:
  1. Sensibilização da comunidade escolar e comunitária para a temática, com palestras;
  2. Aulas teóricas e prática;
  3. Coleta de materiais com pesquisas na internet, livros, jornais e revistas;
  4. Oficina de Música com o Coral Amazonas da Escola;
  5. Produção da Revista  com histórias e relatos de ações preconceituosas comas etnias afro-indígena;
  6. Produção de Telas e Pinturas em paredes com as temáticas afro-indígenas;
  7. Capacitação de alunos para operar o Sistema de Rádio Escola SB, onde serão produzidos documentários, noticias e informativos a comunidade escolar;
  8. Oficinas de teatro para alunos dos Ensinos Fundamental ;
  9. Produção de Banner, Folders e faixas;
10. Oficinas de objetos artesanais afro-indígenas;
11. Culminância do projeto com toda comunidade escolar e comunitários.

Como os pais, alunos, professores e funcionários da escola serão integrada ao projeto?

A Comunidade externa será integrada ao projeto nas oficinas práticas realizadas aos sábados. Teremos ainda, um regente da Orquestra Sinfônica do Teatro Amazonas que realizará aulas de música junto aos alunos do coral da escola, quanto aos professores e alunos, os mesmos participam desde a sensibilização, pois todos são convocados a participarem do desenvolvimento do projeto de forma direta e indireta nas palestras de abertura, a abordagem da temática em sala de aula e fóruns discussões com alunos, professores da escola, professores mestres e doutores da Universidade Federal do Amazonas – UFAM que contribuem com cursos de comunicação e operação no sistema de rádio da escola, teremos ainda a participação da fanfarra que seus integrantes são alunos da escola e comunitários.

Qual a relação entre o projeto proposto e o projeto político pedagógico da escola?

O Projeto Afro-Indígena, já faz parte do Projeto Político Pedagógico desde 2011, assim, no ano 2013 com o Mais Cultura na Escola, será realizado de forma satisfatória, haja vista existir recursos financeiros.

RESULTADOS ESPERADOS
•          Apropriação de diversos saberes, além da conscientização sobre temas relevantes como legislação, tolerância, direitos e deveres;
•          Desenvolvimento de valores, conceitos e procedimentos;
•          Apropriação de novas aprendizagens, a partir de reflexões e esclarecimentos sobre outras culturas;
•          Coleta de materiais com pesquisas na internet, livros, jornais e revistas;
•          Oficina de Música com o Coral  da Escola;
•          Produção da Revista  com histórias e relatos de ações preconceituosa com as etnias afro-indígena;
•          Produção de Telas e Pinturas em paredes com as temáticas afro-indígenas;
•          Produção de documentários, noticias e informativos a comunidade escolar na Rádio Escola SB;
•          Oficinas de teatro para alunos dos Ensinos Fundamental e Médios;
•          Produção de Banner, Folders e faixas;
•          Oficinas de objetos artesanais afro-indígenas;
•          Culminância do projeto.
No final, sempre com a orientação da professora coordenadora, os alunos deverão organizar os conhecimentos que adquiriram, fazendo registros de suas atividades, pinturas em telas e paredes, esquemas, confecções, dentre outros. E durante essas atividades várias atitudes e valores éticos e humanos podem ser trabalhados para a consolidação do conteúdo foco.
No mês de novembro faremos uma culminância com os materiais coletados e produzidos pelos alunos em conjunto com os professores para que sejam apresentados a comunidade que, também deu sua contribuição para o bom desenvolvimento do projeto.

 AVALIAÇÃO
 A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma contínua e diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria prática docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-se suas potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo com as peculiaridades de cada aluno) no decorrer do projeto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A criança negra e indígena precisa se ver como negra e índia e aprender a respeitar a imagem que tem de si mesma e ter modelos que confirmem essa expectativa.
Com desenvolvimento do Projeto Afro-Indígena na escola, estamos promovendo à alegria e à majestade das culturas africana e indígena, tudo como deve ser, sem constrangimentos nem equívocos.
Portanto, este projeto iniciará na escola em 2014 e trata de uma proposta construída, mas não acabada e estará sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico–Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: MEC, 2005. 35p.
BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.
MACHADO. Maria Helena. Menina bonita do laço de fita. São Paulo-SP. Ed. Ática, 2007.
Revista Nova Escola. Vários autores. São Paulo-SP – edição de Nov. 2004 e 2005.
ROCHA. Ruth. ROTH. Otávio. Declaração universal dos direitos humanos. São PauloSP, 2004.
SILVÉRIO, Valter Roberto. A (Re)configuração do Nacional e a Questão da Diversidade. In: ABRAMOWICS, Anete; SILVÉRIO, Valter Roberto. (orgs). Afirmando Diferenças. 3° ed. Campinas: Papirus, 2010.p.87-108.
Hiltoriaecultura
banner afro

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