CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CULTURAS AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA - COMIDAS TÍPICAS


Índia manuseando alimentos

Mandioca e prato com tapioca

Comidas indígenas

Comidas indígenas

Uma forma muito legal de está trabalhando o tema "Cultura indígena" é trazendo os costumes, receitas e brincadeiras para dentro da sala de aula.
 Leia a seguir sobre um pouco da história da comida indígenas no Brasil:
Os primeiros indígenas que provaram a comida de branco não gostaram.
 Dois deles, levados à nau capitânia e recebidos pelo próprio Pedro Álvares
 Cabral com muito prazer e festa, provaram o pão, peixe cozido, confeito, 
farteis (“massa de doce mais ou menos delicada, envolta numa capa de
 massa”, segundo a definição do Dicionário de Morais), mel, figos secos. 
Não comeram quase nada – é o depoimento da nossa primeira testemunha 
ocular da história, o Caminha. E, se provavam alguma coisa, logo cuspiam.
 Do vinho, mal provaram e não gostaram. Até a água serviu apenas para um
 bochecho. Gostaram do arroz e do lacão cozido, frio (fiambre), assim como 
aprovaram as facas de bom gume e fina ponta que os portugueses usavam 
como objeto pessoal e inseparável. A gente da terra usava como colher, as
 conchas de mariscos. Não gostaram – de início, pelo menos – foi do açúcar
 e dos estranhos temperos que fizeram os portugueses navegar, procurando
 o caminho marítimo para as Índias: cravo e canela, principalmente. Mas 
gostaram muito da aguardente de uva, assim como os brancos aprovaram
 a de milho, com a qual os homens da terra se embebedavam, no que eram 
acompanhados pelos portugueses.
A primeira agricultura européia no Brasil foi baseada no conhecimento prático 
dos índios, seguindo-lhe os métodos e apenas introduzindo novas plantas e
 os animais domésticos. Mas a gente da terra não servia para a cozinha do
 branco, que foi obrigado a valer-se da escrava africana, negra.
“Mostraram-lhes (aos nativos) uma galinha; quase tiveram medo dela, e não
 lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como assustados.”
Pero Vaz de Caminha Em carta a El-Rei D. Manuel, Dando notícia da descoberta
 do Brasil Dos indígenas recebemos, principalmente do índio tupi, dois elementos
 nativos que passariam a integrar a dieta do brasileiro: a mandioca e o palmito.
·         Farinha de mandioca
Farinha-de-pau, de manic ou manibot - hoje dita mandioca -, era feita ralando-se 
a raiz que cresce dentro da terra em três ou quatro meses, tornando-se tão grossa
 quanto a coxa de um homem e longa mais ou menos de 1 pé e meio. Depois
 de arrancá-la, secavam-na ao fogo ou ralavam-na, ainda fresca, numa prancha
 de madeira cravejada de pedrinhas pontudas, reduzindo-a a uma farinha alva,
 empapada, que ia para um recipiente comprido, de palha trançada - tipiti -, 
para escorrer e secar. O que escorre é um veneno mortal, por culpa do ácido
 cianídrico, que o sol faz desaparecer em dois ou três dias, deixando a manipueira
 livre de perigo. O resultado é o tucupi, ingrediente essencial de um dos mais
 típicos pratos da cozinha brasileira, o pato ao tucupi - embora aqui não 
houvesse patos, na época da colonização.
·         Tipiti

Alimento pobre, saboroso e facilmente digerível - principalmente quando fresco -, 
essa farinha não serve para fazer pão, mas é perfeita para a farofa, beijus, pirões,
 sopas e mingaus. A gente da terra fazia com ela um mingau grosso, ou comia-a
 pura
 mesmo, pegando-a com quatro dedos na vasilha e atirando-a de longe a boca, 
com tal engenho e arte que não perdia um só farelo. E os brancos, tentando imitar
 - confessa Jean de Lery, francês, e que veio para o Brasil com o Monsenhor de
 Villa Ganhão (como rezam os documentos) -, sujavam o rosto, as ventas e 
bochechas e barbas. As mulheres daqui faziam também grandes bolas com a
 massa de aypi ( a mandioca mansa, sem veneno), que espremiam entre as mãos.
 O caldo cor de leite era colhido em vasilhas de barro e exposto ao sol.
O calor condensava e coagulava a beberragem, como coalhada. Cozinhando no
 fogo, é um bom alimento. O aipim não serve para a farinha, mas assado na brasa
 torna-se brilhante como a castanha assada ao borralho, e o gosto é parecido. 
Servido com mel silvestre (o mesmo que se fazia com a batata-doce e o cará), 
resultava em um prato que portuguêses e franceses reconheceram como delicioso. 
O estadunidense John Casper Branner queria exportar a farofa para o mundo.
·         Beiju ou Biju
Bolo feito de massa de tapioca ou de mandioca muito fina, enrolada em forma cilíndrica.
 Característico da alimentação indígena, o beiju foi recriado pelo portugueses, 
que acrescentaram açúcar e condimentos diversos à massa, e pelos negros, 
que o enriqueceram molhando no leite de coco.
·         Pirão
Prato de origem indígena, muito popular em todo o Brasil, constituído de papa 
grossa de farinha de mandioca misturada em água ou em caldo. É muito utilizado 
no acompanhamento de peixes.
Pipoca
Do tupi pi'poka, estalando a pele. O milho, que entre outras coisas permite a 
pipoca, de quem Debret, o pintor que veio fundar nossa primeira Escola de 
Belas Artes, disse que era a maior contribuição do brasileiro à cozinha mundial.
 (Sua receita, copiada dos selvagens: jogar o milho verde com sal no borralho 
e depois soprar as cinzas).
·         Tapioca
Doce de origem indígena feito com a fécula da mandioca, espécie de beiju
 recheado com coco ralado. Tanto o recheio quanto o adoçante foram introduzidos
 pelos portugueses.
Cauim: Para beber, as mulheres cuidavam de mascar a mandioca, esmagando-a
 com os molares e enrolando-a com a língua no céu da boca. É como mascar
 tabaco, mastigando bem e com bastante saliva, cuspindo tudo num pote, 
até que esteja cheio. E eram só as virgens que tinham a honra, porque as 
outras estragariam tudo. A mesma coisa faziam com acaiá, pacoba, milho, 
ananás, bata-doce, jenipapo, caju e outras qualidades. O resultado, dito cauim,
 é uma bebida nutritiva e inebriante, de gosto ácido e muito semelhante ao soro
 de leite, que os portugueses não podiam suportar pela lembrança do cuspe. 
Preferiam beber o vinho, esquecidos das uvas pisadas com os pés.
Entre outras coisas, a gente da terra nos ensinou a beber guaraná e mate, 
deixando-nos ainda toda a herança dos mingaus e pirôes. Sem conhecer o
 trigo, sem grande variedade de verduras e legumes, mesmo assim a gente 
era bem alimentada, principalmente porque o milho (avati) e as frutas completavam
 muito bem a mesa farta de carnes e de frutos do mar. E mesmo de verdes comiam
 alguma coisa, como o broto da própria mandioca (com o que se faz a maniçoba, 
um dos bons pratos da cozinha baiana).
·         Fontes:
1.    Sociedade e Cultura – Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo: 
Nova Cultural, 1995. Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Vozes, 1999.
2.    A Cozinha Brasileira - São Paulo: Circulo do Livro S.A. (Edição integral Revista
 Cláudia - Editora Abril Ltda).

Fonte:http://pedagogiccos.blogspot.com.br/2009/03/comidas-indigenas.html


2 comentários:

  1. Mucunzá - doação para a turma A - prato de origem africana
    tapioca - comida típica indígena - doação para a turma B. para o dia 21 de novembro.

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  2. NO MOMENTO ESTAMOS RETOMANDO PARA AS ESCOLAS.

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