CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

ER-GEO - CULTURA AFRO-INDÍGENA - TEXTO DE APOIO




Segundo o historiador Orlando Patterson, praticamente não existe ser humano que não seja descendente de escravos ou de senhores de escravos. A escravidão foi adotada em diversas sociedades humanas, em diferentes regiões do mundo, vigorando nas populações mais primitivas até as civilizações mais sofisticadas.18
No que viria a ser o Brasil, a escravidão já era praticada pelos índios, na sua forma mais primitiva, bem antes da chegada dos europeus. Entre os tupinambás, a escravidão não tinha um valor econômico, vez que os cativos serviam para serem exibidos como troféus de valor militar e honra ou como carne a ser devorada em rituais canibalescos que poderiam acontecer até quinze anos após a captura.18
Pesquisas arqueológicas mostram que a escravidão foi praticada na Europa pelo menos desde o Neolítico. Com a revolução urbana, iniciada a partir do V milênio a. C., os prisioneiros de guerra, no lugar de serem sacrificados em cerimônias antropofágicas, passaram a ser usados como trabalhadores cativos. O sistema escravista alcançou seu auge entre os europeus nas civilizações grega e romana, época em que milhares de pessoas foram traficadas como escravas no Mar Negro e no Mediterrâneo. A maioria desses escravos eram europeus, embora também viessem das colônias na África e na Ásia. A escravidão declinou no norte da Europa no fim da Idade Média, porém persistiu no sul até a Idade Moderna18
Entre os povos mais primitivos da África Subsaariana, assim como entre os índios do Brasil, os escravos raramente tinham um valor econômico, sendo símbolo de prestígio. Porém, a medida que os povos subsaarianos mais simples passaram a ter contato com povos mais avançados, os escravos geralmente constituíam a única mercadoria que eles poderiam oferecer em troca de bens de luxo.18 Em 1580 a.C, navios já partiam do Egito para a Somalilândia com o único objetivo de capturar escravos. Com o avanço do islamismo na Península Arábica e no Norte da África, o tráfico de escravos negros se intensificou, com a formação de postos comerciais na África oriental por comerciantes árabes. No início da Idade Média, traficantes árabes penetraram a África ocidental e iniciaram o tráfico transaariano de escravos, que culminou na escravização de milhões de africanos negros que foram mandados para as regiões islamizadas do norte da África e para os países árabes.18
Nenhum continente foi tão afetado pela escravidão como a África. O último e o maior sistema escravista da História da humanidade foi o tráfico de africanos para as Américas. 

Um comentário:

  1. As leis n° 10.639/03 e n°11.645/08 são frutos de um processo histórico de lutas que os movimentos sociais desenvolveram com o objetivo de rever os terrores, mitos, teorias, visões históricas e mentalidades a respeito dos povos afro-indígenas e implantadas, de forma impositiva, nos diferentes espaços-tempos de produção de saberes e subjetividades. (SILVÉRIO, 2010, p.91)
    Por conta disso, o presente projeto é desenvolvido na Escola ALBA MARIA, junto aos alunos das modalidades de ensino fundamental I e II, haja vista, as políticas educacionais formuladas a partir dos novos marcos constitucionais têm como diretrizes “a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das memórias históricas, a valorização das línguas e ciências dos povos indígenas e o acesso aos conhecimentos e tecnologias relevantes para a sociedade nacional” (BRASIL, 1996, p. 79).
    Ao realizarmos o Projeto Afro-Indígena com comunidade interna e externa da escola, conseguiu-se minimizar a discriminação e o preconceito a essas duas etnias (índio e afro). Por conta disso, este projeto é incorporado no Projeto Político Pedagógico, com uma abordagem sistemática e atividades como artes plásticas, oficinas teatrais, oficinas de histórias em quadrinhos (gibiteca), música e dança, ao longo do ano letivo.
    Sendo assim, o projeto aqui sugerido e elaborado, tem como objetivo norteador, além de promover a integração entre diferentes disciplinas, despertar o educando para as diferenças étnicas existentes no Brasil. O que nos leva à execução de tal projeto, não é apenas a obrigatoriedade das referidas Leis, mas o desejo de promover a valorização de todas as etnias no contexto escolar e em nossa comunidade.
    Enquanto instituição educacional, as ações aqui descritas nos permitirão também está permitindo que a promoção da cidadania se faça presente em nosso cotidiano e consequentemente no currículo escolar. Fato esse que nos norteará rumo à conscientização sobre a igualdade entre os povos. E nos fará refletir ainda sobre a questão das diferenças. Mostrando que elas existem e são necessárias para que nossa população tenha essa diversidade cultural tão rica e admirada no âmbito internacional.
    Vale ressaltar que, o Projeto A Cor da Cultura, já faz parte do Projeto Político Pedagógico desde 2011, Onde o mesmo nos remete a uma reflexão que A criança negra e indígena precisa se ver como negra e índia e aprender a respeitar a imagem que tem de si mesma e ter modelos que confirmem essa expectativa.
    Com a unificação do Projeto Afro-Indígena na escola, estamos promovendo à alegria e à majestade das culturas africana e indígena, tudo como deve ser, sem constrangimentos nem equívocos.
    Portanto, este projeto iniciou na escola em 2014 e trata de uma proposta construída, mas não acabada e estará sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula. Assim, no ano 2014 com o Mais Cultura na Escola, será realizado de forma satisfatória.

    OBJETIVOS:
    Geral
    Construir a autoestima dos afro-brasileiros e dos indígenas por meio de relações mais humanitárias, conscientizando-os de que cada etnia, por meio de sua cultura, contribui para a formação de um povo único.

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