CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

domingo, 1 de março de 2015

URBANIZAÇÃO E INDÚSTRIA

O processo de urbanização, no qual países subdesenvolvidos vivenciam e os países desenvolvidos já vivenciaram (esse países vivenciam, atualmente, urbanização moderada) consiste no crescimento da população urbana em um ritmo mais acelerado que a população rural. Porém, muitas vezes, principalmenteem países subdesenvolvidos, esse grande crescimento das cidades acaba gerando macrocefalia urbana, ou seja, o crescimento desordenado dessa população metropolitana, juntamente com os poucos investimentos do governo em obras públicas (hospitais, escolas etc) que acabam gerando favelização, marginalização, criação de subempregos, violência e insatisfação da população. Tudo isso é, em grande parte, decorrente do êxodo rural.
  Os principais fatores ligados à repulsão populacional no campo são a miséria, a pressão demográfica sobre as terras férteis e a concentração fundiária (grandes áreas pertencentes a grandes proprietários rurais). Por outro lado, nas cidades, o crescimento do setor terciário (setor de vendas que não exige muita qualificação) atua como fator de atração populacional.
  Com o crescente aumento da população urbana e a diminuição da populaçãorural, cada vez mais aumenta a demanda de alimentos e os produtores rurais, como consequência desse processo, passam a buscar a produtividade máxima. O que ocorreu nos EUA, criando os Belts (cinturões).
 è bom ressaltar que, nem sempre, baixos níveis de urbanização significam pouca população urbana. Isso depende do tamanho da população. Se um país tem 1 bilhão de habitante e seu nível de urbanização é de 20% (que é considerado baixo), sua população urbana será de 200.000.000. O que não é pouco!
 Há grandes diferenças no processo de urbanização dos países desenvolvidos em relação aos subdesenvolvidos. Primeiramente, os países ricos possuem baixas taxas de urbanização (porcentagem do crescimento da população urbana por unidade de tempo), pois a maioria da população já está nas cidades. Segundo: há todo um processo histórico que envolve uma certa tradição de se ter, nesses países, uma população essencialmente urbana. Já nos países emergentes, devido ao êxodo rural e ao grande crescimento vegetativo, a população urbana cresce rapidamente e tem como base o desenvolvimento do setor terciário, ao contrário dos ricos, que têm como base o desenvolvimetno do setor secundário(indústrias, exige qualificação). Portanto, países pobres têm altas taxas de urbanização.
  O que deu início  a esse enorme desenvolvimento urbano nos países desenvolvidos foi a revolução industrial (clique aqui para ler sobre Revolução Industrial). Como consequência surgiram as metrópoles, enormes centros urbanos que possuem certa influência na economia global. As megalópoles, conjunto de centros urbanos constituídos em um espaço polarizado (que recebe influência de duas ou mais metrópoles). Possuem forte integração econômica e intenso fluxo de pessoas e mercadorias. Ela é dispersa e concentrada. Concentrada devido ao seu vasto mercado consumidor que constitui um centro problemático e estressante. Dispersa porque, com o seu enorme tamanho, também oferece alternativas de moradia longe do centro congestionado. As megacidades são fenômenos característicos de países subdesenvolvidos. São enormes aglomerados urbanos. Um exemplo é a cidade de São Paulo. Os principais problemas desses centros urbanizados são os subúrbios, causados pelo déficit habitacional (falta de moradia)
  O déficit de moradia gera os cortiços, locais considerados decadentes para o mercado imobiliário. Essas moradias ão compradas, subdivididas e alugadas por diversas famílias. São constantemente alvo de projetos da prefeitura e de grandes empresários da área de imóveis. Isso se deve ao fato desses cortiços se localizarem próximos ao centro e por serem de fácil valorização comercial. Os loteamentos periféricos são terrenos baratos e longes da área central. Muitas vezes é o próprio proprietário que constrói a casa e, as vezes, não tem nem mesmo saneamento básico. Favelas são locais invadidos por pessoas de baixa renda. O que caracteriza um “favelado” não é a pobreza no qual eles vivem, mas a moradia invadida e em condições precárias. Há, também, a falta de saneamento básico.
  Com o grande crescimento das cidades, a retirada da vegetação, a emissão de gases poluentes na atmosfera e a contrução de prédios, é causado, sobre o meio ambiente, um grande impacto.
  O fenômeno da inversão térmica, que é natural, mas juntamente com a ação do homem sobre a natureza provoca uma piora na qualidade do ar. Esse fenômeno consiste no seguinte:
Normalmente o ar quente fica mais próximo da superfície e o ar frio em cima do quente. Uma das características do ar quente é a dispersão de poluentes. Com a inversão térmica, o ar quente troca de lugar com o frio e consequentemente não há dispersão dos poluentes, o que piora a qualidade do ar.
  Ilha de calor são grandes áreas urbanas, edificadas, emitidoras de poluentes e com pouca vegetação, carcada por áreaas rurais. Nas áreas urbanas se tem um aumento da temperatura e uma piora da qualidade do ar. O que não acontece nas áreas rurais.
  Outro problema característico das grandes cidades é o tratamento do lixo. Os mais “famosos” são:
Aterro sanitário, é a compactação do lixo em camadas que são encobertas por terra, causando problemas no lençól subterrâneo. A incineração é a combustão do lixo, que se não utilizados os materiais adequados para realizar tal ação, emite grande quantidade de gás metano na atmosfera. Outro tratamento é a compostagem, que é a decomposição do lixo para reutilizar a parte orgânica como fertilizante de solo. É a mais correta ecologicamente, mas necessita da coleta seletiva.  
 
 
O processo de expansão industrial no Brasil foi intensificando nas décadas de 1940 e 1950. A partir da segunda metade dos anos 50, o setor industrial passou a ser o carro-chefe da economia no país. Durante o período colonial, pelas regras da política econômica mercantilista, não podia ser implantada no Brasil nenhuma atividade produtiva que competisse com as atividades da metrópole ou que prejudicasse seus interesses comerciais. Em 1785 o governo português proibiu formalmente o funcionamento de fábricas na colônia, para não atrapalhar a venda de tecidos e roupas comercializadas por portugueses no Brasil. Os primeiros esforços importantes para a industrialização aconteceram no Império. 

Durante o Segundo Reinado, empresários brasileiros, como Irineu Evangelista de Souza (o visconde de Mauá) e grupos estrangeiros investiram em estradas de ferro, empresas de transporte urbano e gás, bancos e seguradoras. A política econômica oficial, porém, continuava a privilegiar a agricultura exportadora. No final do século XIX e início do XX, as indústrias brasileiras, em sua maioria, não passavam de pequenas pelarias, serrarias, moinhos de trigo, fiações e fábricas de bebida e de conserva. O país importava matérias-primas, máquinas, equipamentos e grande parte dos bens de consumo. 

Os efeitos da quebra da bolsa de Nova York sobre a agricultura cafeeira e as mudanças geradas pela Revolução de 1930 (movimento político-militar que derrubou o presidente Washington Luís e acabou com a República Velha, levando Getúlio Vargas ao poder) mudaram o eixo da política econômica, que assumiu um caráter mais nacionalista e industrialista. 

As medidas concretas para a industrialização foram tomadas durante o Estado Novo. As dificuldades causadas pela Segunda Guerra Mundial ao comércio internacional favoreceram essa estratégia de substituição de importações. Em 1946 começou a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. A Petrobrás foi criada em outubro de 1953. 

O nacionalismo da era Vargas foi substituído pelo desenvolvimentismo do governo Juscelino Kubstischek (1956 a 1961). Atraindo o capital estrangeiro e estimulando o capital nacional com incentivos fiscais e financeiros e medidas de proteção do mercado interno, JK implantou a indústria de bens de consumo duráreis, como eletrodomésticos e veículos, com o objetivo de multiplicar o número de fábricas de peças e componentes. Ampliou os serviços de infra-estruturas, como transporte e fornecimento de energia elétrica. Com os investimentos externos e internos, estimulou a diversificação da economia nacional, aumentando a produção de máquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval. No início dos anos 60 o setor industrial superou a média de crescimento dos demais setores da economia brasileira.http://www.brasilescola.com/historiab/industrializacao-brasileira.htm

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