Um certo tipo de vitamina B3 pode ajudar a reduzir o risco de câncer de
pele não-melanoma em 23%, de acordo com pesquisa divulgada nesta
quarta-feira antes de uma grande conferência sobre câncer nos Estados
Unidos.
Conhecido como nicotinamida, o suplemento vitamínico mostrou-se eficaz
em melhorar a reparação do DNA e restaurar a imunidade da pele, segundo
os resultados apresentados antes do American College of Clinical
Oncology Conference em Chicago no final deste mês.
"Esta é a primeira evidência clara de que podemos reduzir o câncer de
pele usando uma simples vitamina, ao lado de proteção do sol sensata",
afirmou Diona Damian, professora de dermatologia na Universidade de
Sydney.
O estudo analisou 386 pacientes que foram diagnosticados com, pelo
menos, dois cânceres de pele - tais como carcinoma de células basais e
carcinoma de células escamosas - nos últimos cinco anos.
Metade recebeu aleatoriamente 500 mg duas vezes por dia de nicotinamida, enquanto a outra metade tomou um placebo.
Os investigadores ressaltaram que o estudo envolveu nicotinamida, e não
do ácido nicotínico, uma outra forma comum de vitamina B3, que tem sido
associada com alguns efeitos secundários, incluindo rubor e pressão
arterial baixa.
O tratamento foi bem tolerado em pacientes cujas idades variaram entre
30 e 91 anos, considerados de alto risco devido ao histórico de câncer
de pele.
Quando os pacientes pararam de tomar os suplementos, o risco de
contrair câncer de pele subiu novamente cerca de seis meses mais tarde,
indicando que o benefício só pode ser adquirida se os suplementos são
tomadas de forma consistente.
"Isso está pronto para ir direto para os consultórios", garantiu Damian.
No entanto, ela alertou que o tratamento não foi testado como um
remédio ou estratégia de prevenção para o público em geral, e que o
filtro solar ainda é necessário para proteger contra o câncer de pele.
AFP / TERRA
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