Líderes indicaram primeiros nomes para compor o colegiado que vai analisar o processo
Renan Calheiros convocou sessão para a próxima segunda-feira para a eleição dos 21 membros
Foto: Ana Volpe / Agência Senado / CP
Acatando
a sugestão do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros marcou
para segunda-feira, dia 25, a sessão de eleição da comissão especial
que vai analisar o processo de impeachment. O presidente do Senado
disse ainda que, cumprindo a Lei, vai transferir a presidência do
julgamento para o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, depois da
votação da admissibilidade do processo de impeachment.
Os
líderes dos partidos começaram, na tarde desta terça-feira, a fazer
indicações dos membros da comissão especial que vai analisar o
impeachment da presidente Dilma Rousseff. Logo após o presidente do
Senado, Renan Calheiros, conceder prazo de 48 horas para que os nomes
fossem entregues à Mesa Diretora, os primeiros líderes anunciaram seus
indicados.
O
bloco formado por PSDB e DEM indicou os senadores Aloysio Nunes
Ferreira (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). O bloco que reúne PTB, PR e PSC
indicou os senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrela (PTB-MG)
como titulares. Foram indicados para compor as vagas do Bloco
Socialismo e Democracia os senadores Romário (PSB) e Fernando Bezerra
Coelho (PSB) como titulares e para suplentes Roberto Rocha (PSB) e
Cristovam Buarque (PPS).
Os
senadores iniciaram também uma discussão sobre o prazo para a
instalação da comissão especial. Ronaldo Caiado e Ricardo Ferraço
apresentaram questões de ordem, argumentando que os nomes dos membros
deveriam ser imediatamente comunicados pelos líderes, e a eleição da
comissão deveria ser realizada na sessão de hoje.
Caiado
disse que, nos casos de blocos parlamentares que não fizerem a
indicação hoje, o plenário deveria fazer a eleição dos indicados e
permitir a instalação imediata da comissão. Posteriormente, na opinião
de Caiado, o próprio plenário faria a eleição dos membros que
estivessem faltando.
Em
seguida, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou questão de
ordem no sentido contrário e reivindicando o direito dos governistas de
ter o prazo completo de dois dias para indicarem seus nomes.
“Nós
estamos falando de um processo contra uma presidenta da República. Nós
não queremos, aqui, sermos atropelados. É isso o que está acontecendo.
Não dá para aceitar alguns discursos de gente que passou um ano e
quatro meses paralisando o país e, nessa crise política, quer tirar o
nosso direito por causa de dois dias”, alegou.
SAIBA MAIS: http://clauderio.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
EXPRESSE O SEU PENSAMENTO AQUI.