CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 4 de maio de 2016

RAUL SEIXAS - A OBRA DO CANTOR

Raul Seixas nasceu em Salvador em 1945, portanto é da mesma geração que definiu a tropicália: Betânia, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa entre tantos outros. Mas Raul, ao contrário destes, teve em sua infância um maior contato e assimilação do rock and roll já que era vizinho e amigo de filhos de famílias americanas que trabalhavam para o consulado americano na Bahia.

Foi por isso que se tornou-se fã ardoroso de Elvis Presley, fundando aos 14 anos um fã-clube brasileiro do cantor. Engana-se porém quem pensa que Raul renegou a cultura brasileira adotando o rock and roll; ele odiava a bossa nova, mas, como todos sabemos, acrescentou ao seu rock elementos de música nordestina como o baião, xaxado, música brega.

Aluno relapso -repetiu várias vezes a segunda série ginasial- apesar de muito inteligente e leitor voraz, rapidamente se cansou da escola decidindo pela profissionalização como músico. Em 1962 em meio ao movimento bossa nova que explodia no Brasil, Raul montou sua primeira banda, Os Relâmpagos do Rock, que mais tarde mudou seu nome para The Panthers e finalmente Raulzito e os Panteras. Pela formação do grupo passaram entre outros além de Raul (vocal e guitarra), Thildo Gama, Pedrinho (guitarra), Mariano Lanat (baixo), Carleba (bateria). Logo abandonou a faculdade de direito.

Já como Raulzito e os Panteras gravaram um compacto que foi distribuído para rádios com duas músicas (sendo uma versão de Elvis Presley). Apresentavam-se em clubes e algumas vezes em rádio e TV. Assim começaram a ficar famosos como expressão local do movimento Jovem Guarda da época -liderado por Roberto Carlos, Jerry Adriani, Erasmo Carlos, Wanderléa, etc, por sua vez versões brasileiras de sucessos dos Beatles-.

Com o apoio de Jerry Adriani o grupo saiu em turnê pelo Brasil com os Panteras -abrindo os shows do primeiro- e em 1968 gravou o seu primeiro LP que não alcançou nenhuma repercussão a nível nacional. Por isso Raul voltou para Salvador possivelmente pretendendo abandonar a música. Raul saiu da Bahia novamente para tentar carreira de produtor na CBS onde produziu e compôs para Jerry Adriani, Renato e Seus Blue Caps, Trio Ternura, Sérgio Sampaio, entre outros astros da época. Perdeu este emprego por produzir e gastar dinheiro sem conhecimento dos seus superiores na prensagem de seu segundo LP, Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez.

Em 1972 alcançou a tão desejada repercussão nacional classificando duas músicas no Festival Internacional da Canção, evento de grande repercussão montado anualmente pela Rede Globo, um concurso de músicas. Raul participou com Let Me Sing Let Me Sing (que chegou às finais) e Eu Sou Eu Nicuri é o Diabo. A boa aceitação lhe valeu seu primeiro contrato com uma gravadora, a Philips Phonogram onde lançou um compacto de Let Me Sing Let Me Sing e o LP coletânea de covers 24 Maiores Sucessos da Era do Rock que nem tinha o nome de Raul. O segundo compacto, Ouro de Tolo, foi o seu primeiro grande sucesso, uma música com letra quase autobiográfica, mas também um deboche com a ditadura e o milagre econômico.

Foto:Wikipédia
Leia mais em: Breve biografia do Raul - - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/

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