CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 18 de fevereiro de 2017

DEFESA DA IGREJA NA HISTÓRIA

     Quantas vezes falam mal da Santa Igreja na escola, na universidade, no círculo de colegas e talvez até mesmo na família e nós ficamos calados, como que esperando que um exército vindo do Céu ganhe a guerra cultural pela qual passamos hoje? Talvez nem mesmo seja indisposição, mas falta de conhecimento histórico. Mas, antes de começar, eu gostaria de dizer que as palavras que escrevo cabem a todos, incluindo a mim. 


A guerra cultural hoje é iminente. Não passaram por dificuldades todos os católicos durante a História desde a fundação da Igreja por Jesus Cristo em Mt 16:18 (“Tu és Pedro, e sob esta pedra eu edificarei a minha Igreja”)?

Em Roma, Nero, Décio e Diocleciano perseguiram de forma cruel a fé. Muitos perecerem frente aos leões ou pregados na cruz.

No começo da Idade Média (Alta Idade Média), bárbaros como os vikings invadiam mosteiros e massacravam religiosos em nome do paganismo. 

Na Idade Média mais avançada, os cristãos do Oriente Médio não foram perseguidos pelos seljúcidas, originando as Cruzadas? E o que falar da constante interferência secular na Igreja (esta perdurou deste o começo até o fim da era medieval), que foi amenizada por grandes santos, como os abades de Cluny, São Francisco, São Gregório VII e outros?

Na Idade Moderna, não foi a Igreja atacada pelo humanismo e antropocentrismo, que retirou Deus do lugar central, colocando o homem?

E o que falar da “Reforma” Protestante, considerada por alguns historiadores como a maior catástrofe do Cristianismo? Ainda na mesma época, os turcos invadiam o leste europeu, escravizando cristãos, o que só foi amenizado com a vitória da Batalha de Viena em 1683.

Depois, o Iluminismo, culminante na Revolução Francesa, pregou o secularismo e em pouco tempo ela matou muito mais do que quatro séculos de Inquisição Espanhola, pela qual a Igreja é tão acusada.

E o comunismo, fundado por Satanás, que em toda a sua história matou mais de 100 milhões (o número varia também entre 120 e 200 milhões), perseguindo a religião de forma implacável: “a religião é o ópio do povo”, disse Karl Marx, e no sexto Congresso Mundial em 1928 podíamos ver claramente o objetivo: "A luta contra a religião, o ópio do povo, ocupa importante posição entre as tarefas da revolução cultural. Esta luta deve ser levada avante persistente e sistematicamente".

E hoje vivemos uma guerra no campo cultural, afinal os inimigos perceberam que os inúmeros mártires que adubam o crescimento da Igreja devem cessar por só fazerem com que a mesma fique heroica, então passaram a persegui-la no campo cultural, especialmente na educação, como Gramsci queria. Desde pequenos, vemos que os colonizadores católicos “sangraram o continente americano”, e que a Inquisição e as Cruzadas mataram milhões. Com todo um sistema para que os dados fornecidos pareçam reais, com toda a maquiagem, muitos são enganados. 

Infelizmente, a arma mais utilizada nos dias atuais é o relativismo moral e histórico. O relativismo prega que tudo pode ser bom, depende do ponto de vista. Ora, se tudo é adequado a determinada visão, não há certo nem errado, e sem esta noção, a vontade de lutar fica totalmente minada. A mídia ocupa um papel importante, e creio que Peter Kreeft, em seu livro "Como vencer a guerra cultural", definiu bem: “A ditadura do que Rousseau chamou de ‘a vontade geral’, isto é, a opinião popular, pode ser tão totalitária quanto a ditadura de qualquer rei ou tirano e muito mais difícil de derrubar, especialmente quando manipulada por uma mídia poderosa e ideologicamente unida. A mídia é mais poderosa do que os militares e a caneta é, sem dúvida, mais forte que a espada”.

Portanto, diria Leão XIII, “a audácia dos maus se alimenta da covardia e da omissão dos bons”. Se nada fizermos contra os sucessivos ataques, se nada fizermos para defender nossa fé, quem o fará por nós? 

O conhecimento histórico é imprescindível. Ao conhecermos a História da Igreja, podemos desfazer algumas mentiras que a princípio parecem complicadas, e são. Alguns assuntos: Inquisição, Cruzadas, Igreja e Nazismo, Igreja e Escravidão, Igreja e Ciência. Talvez estes sejam os pilares dos atacantes. E através destes mesmos assuntos devemos concentrar nossos esforços de "defesa histórica da Igreja".

A bandeira da Cruz é nosso estandarte. Nos muitos exércitos, como o romano ou o de Napoleão Bonaparte, o estandarte era o símbolo da glória, de incomensurável importância. O estandarte perdido era a honra e a moral perdidas. Será que nós não deveríamos defender o nosso, mais valioso do que qualquer outro? “Se eu cair, levanta primeiro o meu estandarte”. – Estátua de Carlos V no Alcazar de Toledo.

“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8:31). Assim, sejamos corajosos, como diria a Oração de São Tomás de Aquino: “seja a armadura da minha fé e o escudo da minha boa vontade”. Defendamos a Igreja para que possamos ajudá-la aqui na Terra com seu processo de evangelização. “Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer”. – Santo Agostinho.

O mundo ocidental, que cresceu à custa do Cristianismo, deve se lembrar de suas raízes. Estamos aqui hoje por conta do que a Igreja fez lá atrás e estamos de pé por conta do que a Igreja ainda faz! A maior instituição de caridade do mundo, que impulsionou universidades, hospitais, inventos, técnicas, restaurou terrenos, converteu povos bárbaros. É impossível citar num pequeno texto, nem ao menos em inúmeras páginas, tudo o que a Igreja conseguiu. E nem estou falando do campo da fé, espiritual, mas do campo terreno, material. 

E que forma mais prática e completa de se voltar às raízes do que conhecendo a História? Portanto, se conhecermos mais a nossa própria história, a defesa da Igreja como instituição ficará bem mais fácil. É claro que existem os campos doutrinários, que são sumamente importantes, mas se pudermos primeiramente convencer alguém de que a Igreja (instituição) não é a carrasca que mostram, o terreno fica preparado para, quem sabe, a conversão. E se ela não vier, ao menos a Igreja terá a simpatia da pessoa. 

Assim, devemos inverter o tabuleiro. Utilizar a História como defesa da Igreja, e também fundamentar nossos contra-ataques com ela.

VIVA CRISTO REI!

FONTE:http://castelohistorico.blogspot.com.br/2014/10/a-defesa-da-igreja-com-historia.html
Brasão

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