Jesus exige muito mais dos Seus discípulos, a partir de três casos. No primeiro, combate a violência física: “Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!”. Nisso se revela uma maior superioridade e, ao mesmo tempo, responsabilidade para com o agressor. No segundo, combate a injustiça nos tribunais, onde os pobres em espírito e perseguidos por causa da justiça não têm voz nem vez, porque seus direitos não são atendidos, tendo ainda que penhorar a própria túnica como garantia: “Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!”. Jesus aconselha a ir mais além, entregando o manto como um sinal de total impossibilidade de violência contra o outro, que necessita justamente desse “algo mais” para se tornar também ele um homem novo. No terceiro, combate o abuso por parte dos que se acham na condição de escravizar os demais, especialmente os simples. São eles, segundo o contexto de Jesus, os soldados da ocupação, que forçavam as pessoas a transportarem cargas e servi-lhes de guia: “Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!”. Jesus aconselha a fazer ainda mais pelo outro, servindo-lhe por causa do Reino dos Céus.
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