CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

segunda-feira, 24 de abril de 2017

HOMILIA DESTA SEGUNDA-FEIRA

Segunda-feira, 24 de abril de 2017
Jo 3,1-8
1. Nicodemos é membro do grupo dos fariseus, é líder, é mestre em Israel, profundamente conhecedor das Escrituras e homem de fé, que coloca toda sua vida à disposição da Lei de Deus. Por outro lado, é um fariseu que tem uma certa admiração por Jesus, pois segundo ele, ninguém pode realizar os sinais que Jesus faz, a não ser que Deus esteja com ele. Na sua visão, há algo extraordinário em Jesus, há uma presença especial de Deus na vida dele. Na verdade, Nicodemos, mesmo sendo mestre, sente-se bem menor do que Jesus, pois é incapaz de fazer o que Ele, Jesus, faz.
2. Nicodemos vai se encontrar com Jesus à noite. Talvez o fato de ser à noite indique um certo medo de Nicodemos em ser reconhecido, talvez porque durante a noite o silêncio seja favorável, talvez ainda, à noite indique o vazio das especulações humanas, os razoados dos homens e suas ilusões, pode ser também por ser o único horário para uma tranquila conversa com Jesus, distante de todos. O fato é que a conversa aconteceu do modo mais sincero possível e pleno de revelação para o fariseu.
3. "Quem nasce da carne, é carne". Aqui se trata do nascimento natural. Pode-se ir além do simples nascimento em família, para se entender o nascimento ligado à pertença ao povo judeu. Nascer no povo judeu é já uma forma de se pertencer ao povo de Deus, mesmo se tratando de um nascimento carnal. Basta nascer ali, pronto, já pertence àquele povo. E isso era considerado extremamente importante. Jesus destrói essa mentalidade, afirmando que não é o nascimento carnal que justifica a pertença ao Reino de Deus, que constitui o povo de Deus, que considere salvos todos aqueles que ali nasceram ou que venham a nascer. É necessário nascer do alto, não como um segundo nascimento carnal, mas pela água e pelo Espírito.
4. "Nascer da água e do Espírito". Uma clara referência ao batismo. Água que purifica e e fecunda, também sinal de morte, para se entender bem o sentido do mergulho na morte com Jesus. O Espírito é o dom maior da Páscoa, é o Espírito do Ressuscitado, o Espírito de Deus, o qual realiza o projeto salvífico do Pai. É pelo Espírito que o homem alcança o perdão do pecado original, torna-se filho no Filho, participante da natureza divina, membro do Corpo Místico de Cristo e missionário. Pelo Espírito Santo, Jesus Cristo concede ao homem a graça de uma vida nova, de uma nova história e de uma nova criação. É verdadeiramente pelo Espírito que o homem nasce novamente e sua vida se torna vida segundo o Espírito de Deus. O homem carnal, pelo Batismo, torna-se homem espiritual, participante da mesma herança de Jesus Cristo, o Filho essencial, e novo povo de Deus. Isso significa que não basta nascer em Israel para ser povo de Deus, agora é preciso crer e ser batizado, para constituir o verdadeiro povo de Deus, por meio de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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