CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

terça-feira, 20 de junho de 2017

HOMILIA DESTA TERÇA-FEIRA

Mt 5,43-48
1. Jesus não está eliminando o que foi dito (cf. Lv 19,18), mas conduzindo seus discípulos ao profundo significado da Lei de Deus. Para isso, mais do que um profeta que fala em nome de Deus, Ele precisa ser Deus mesmo, agindo em nome próprio, para mostrar realmente aquilo que é da vontade de Deus, aquilo que traz em si o bem maior para a humanidade. Jesus, então, fala na primeira pessoa: "Eu, porém, vos digo", que é algo jamais visto e ousado na Sagrada Escritura. Só Deus pode se exprimir dessa forma, porque somente Ele determina a Lei para a libertação do homem.
2. Quanto à expressão "amar os inimigos", Jesus a coloca como base de toda forma de ação a favor do ser humano. Em cada palavra, em cada gesto e em cada ação de Jesus, encontra-se sempre a possibilidade de salvação para quem DELE se aproxima, mesmo que vá com maldade no coração. Em seu ser, agir e ensinamento não existe possibilidade nenhuma de mal contra o outro. Ele é radical no amor. Nada que fira um ser humano pode fazer parte do universo dos seus discípulos nem de nenhum outro. Nenhum mal, mesmo que venha só pelo pensamento, deve existir em uma pessoa contra outra. Em outras palavras, o mal é inadmissível em qualquer circunstância.
3. Não se deve amar somente os familiares, amigos e patriotas. Assim faziam no Antigo Testamento. Jesus coloca o amor em dimensão universal, superando todo e qualquer tipo de laço afetivo, consangüíneo ou patriótico. O que justifica o amor por todos é justamente o amor de Deus por toda a criação, pois todos foram criados por Deus, todos a Ele pertencem. Tudo é DELE e para Ele tudo deve voltar-se. Não é a cultura que determina a raça e quem deve ser amado. A dignidade humana supera toda e qualquer cultura humana, uma vez que seu fundamento e sentido encontram-se em Deus mesmo. Abdicar disso significa optar pela própria destruição. A partir da compreensão de que cada um pertence a Deus, que é fruto do Seu amor, que todos são irmãos e responsáveis uns pelos outros, aí sim, inicia-se o combate ao mal, mas somente a luz de Cristo isso é possível.
4. Cristo ensina aos seus discípulos que amar os inimigos significa:
a. Abençoá-los.
b. Rezar por eles.
c. Cuidar deles em suas necessidades.
d. Não querer retribuição de nada.
e. Compreendê-los em sua miséria.
f. Não permitir que lhes façam mal algum.
g. Ser para eles um verdadeiro sinal do Deus misericordioso que os ama e por isso mesmo não os abandona através de nós.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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