CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 14 de outubro de 2017

NÓS SOMOS O POVO DE DEUS

Mt 22,1-14
1. Deus chama um povo, prepara-o para um grande encontro e o faz sinal de salvação para toda a humanidade. Chegado o momento decisivo, do encontro estabelecido, Deus se faz presente, mas o Seu povo escolhido não. Pelo contrário, por causa de muitos afazeres, de muitos outros objetivos e do interesse econômico, o povo escolhido virou as costas ao seu Senhor. Ao rejeitar o Filho de Deus, as lideranças do povo estavam lançando por terra a salvação. A radicalidade desse desprezo é evidente no texto, quando cita, inclusive, o assassinato dos enviados, sinal do que farão com o Salvador, isto é, com o Filho. Matar os enviados é uma demonstração de desprezo total, de um total desligamento, de uma separação absoluta. Tanto é assim, que, segundo o texto, tal ação provocou a ira do "rei". O que acontecerá a esse povo?
2. "A festa de casamento está pronta, mas o convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes". "Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura". Em outras palavras, a Palavra de Deus não deve ficar presa ao contexto de Israel. Deus é o Senhor de toda a humanidade, de todos os povos, é o Senhor Criador, que não terá mais um povo dentre os povos como povo especial segundo uma condição de nacionalidade, mas terá um povo novo, fruto da fé e do batismo, da vida segundo Jesus Cristo, Seu Filho, um povo daqueles que foram e serão inseridos no Corpo de Cristo. Consanguinidade e Nacionalidade não serão critérios de pertença a Deus, mas somente a ADESÃO A CRISTO E À SUA OBRA.
3. O povo escolhido, que negou Jesus Cristo, foi, por si mesmo, rejeitado, isto é, ao abandonar o Salvador cancelou sua condição de povo de Deus. Agora é necessário crer em Jesus Cristo para poder ser o Novo Povo de Deus. Certamente, Deus quer o povo antigo, mas somente por meio de Jesus, no qual se estabelece a Nova e Eterna Aliança. Alguns, no início da Igreja, até que afirmavam que Deus não rejeitaria esse povo devido as promessas feitas. A questão é que as promessas foram cumpridas. Por sua vez, o povo é que, procurando a si mesmo, permaneceu obstinado na descrença. Isso que aconteceu a Israel, pode também acontecer com qualquer uma comunidade ou qualquer um individualmente. É na prática que somos verdadeiramente fiéis ou não.
4. A salvação é, antes de tudo, um dom de Deus para todos; é ação de Deus, em primeiro lugar, depois, é resposta nossa. Significa dizer que não basta haver o chamamento divino, que é essencial, mas também a nossa resposta, a qual indicará a escolha. Então, muitos foram chamados, mas poucos escolhidos, ou seja, nem todos responderam ao chamado, nem todos se preocuparam realmente com o seu bem maior, nem todos estão dispostos a seguir amando a verdade, tendo que fazer sérias renúncias na vida. Mesmo no cristianismo, alguns podem ser colocados fora do banquete (da salvação), pelo fato de não aderirem à vontade de Deus por meio de Jesus Cristo. É necessário estar com a veste adequada, isto é, com uma vida obediente à vontade de Deus, inserida na prática da justiça e identificada com Cristo. A salvação não é uma fórmula mágica. Ela exige adesão da pessoa toda, convicção firme, decisão absoluta por Jesus Cristo.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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