CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sábado, 16 de fevereiro de 2019

QUE O EVANGELHO APAGUEM NOSSOS PECADOS

Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o reino de Deus”; aqueles que, por livre vontade, despojam-se de tudo o que possuem; os que não acumulam nada para si; que fazem de suas vidas um verdadeiro dom. São eles os “anawim” da Sagrada Escritura, os próprios discípulos de Jesus. São também, como quer Lucas, aqueles mesmos que vivem numa situação de miséria por causa da ambição de muitos outros. Jesus assinala para a realidade do Seu discipulado: não deve ter a mentalidade de um mundo decaído pela busca de satisfações pessoais, corrupções, explorações e apegos ao que o mundo oferece, que não pode ser de outra forma senão vontade da própria carne. Os discípulos largaram tudo pelo TUDO.
“Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis saciados”. Mateus fala da fome e sede da justiça de Deus, a qual significa a realização do Seu plano salvífico, portanto, ter fome e sede de justiça significa empenhar-se para salvar o irmão, a sociedade, o mundo inteiro. Lucas, por sua vez, fala diretamente da situação de miséria em que se encontra o ser humano empobrecido por causa dos desmandos dos que lideram. Tanto é assim, que, logo depois, falará dos “ais” com relação aos ricos. Para Lc, não haverá abandono de Deus para com esses sofredores. Deus não abandona quem sofre, não “passa adiante” quando alguém grita Seu nome. Ele age salvando o necessitado na sua alma, pois para a comunhão com Ele criou o homem e a mulher, e depois, liberta no físico, em suas necessidades concretas.
“Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir!”. Os bem-aventurados são todos aqueles que são afligidos pelas injustiças da sociedade e de toda forma de dominação interesseira; aqueles que são forçados a viver com a canga no pescoço, usados em seus direitos, manipulados para interesses vis, massa de manobra nas mãos de ditadores e tiranos de modo geral.
“Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!”. São aqueles que têm conhecimento da tribulação advinda por causa da fidelidade a Jesus Cristo, ao amor, à verdade e à vida. Entendem que lutar sempre para o bem do outro não é somente um desafio interno, mas algo que incomoda a quem ganha às custas dos “inocentes”. São perseguidos, porque são verdadeiros, estão no caminho certo, desmascarando os que se escondem nas peles de ovelhas para destruir a vida dos demais. Sabem do que aconteceu com o profetas que vieram antes deles, sabem do que aconteceu a Jesus, são conscientes da cruz que devem carregar pelo bem que fazem. Se no Antigo Testamento só eram considerados bem-aventurados se Deus intervisse, no Novo, o fato mesmo da perseguição já demonstra que são bem-aventurados, pois o motivo do sofrimento já os identifica com Cristo.
Por outro lado, ai daqueles que buscam somente o material, que se apegam a este mundo, que se esforçam pela ilusória felicidade mundana, tendo que manipular pessoas, explorar inocentes, roubar a dignidades das pessoas, especialmente as mais simples, crescer pisando e elimando os irmãos. Ai daqueles que se alegram com esse mundo, com seus instintos e as farras da carne. Ai daqueles que buscam os primeiros lugares, que se preocupam com sua aparência, com os aplausos e com a fama, que buscam apenas os elogios dos semelhantes na cegueira de uma mentira disfarçada de dignidade. Cuidado com essa gente!
Os valores determinam as pessoas;
o que elas amam determinam o que são;
e aquilo que testemunham as identificam.
Um forte e carinhoso abraço.
Padre José Erinaldo

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